Hermeto repudia as acusações feitas pelo presidente Lula contra o governador Ibaneis

Relator da CPI da CLDF sai em defesa do governador do DF

Foto: Facebook.

A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao jornal O Globo, na última sexta-feira (05), continua gerando controvérsias no Distrito Federal. Lula acusou, sem apresentar provas, o governador do DF, Ibaneis Rocha, de participar de um suposto 'pacto' com o ex-presidente Jair Bolsonaro e as forças policiais do DF. Lula afirmou que tal pacto teria conexão com os eventos de 12 de dezembro e a subsequente invasão da sede dos Três Poderes em 8 de janeiro.

Nesta segunda-feira (8), completou um ano dos atos antidemocráticos, na ocasião o Governo Federal decretou intervenção na segurança pública do DF e afastou o governador Ibaneis. Após um ano, nada foi provado que comprovasse o envolvimento de Ibaneis. E infelizmente o presidente Lula continua atacando um governador reeleito no DF, historicamente, pela primeira vez, no primeiro turno.

Diante da declaração do presidente Lula ao O Globo, o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), deputado Hermeto saiu em defesa do governador Ibaneis. "Como relator da CPI do 8 de janeiro na CLDF, passamos nove meses investigando. Em toda a investigação, nada levou ao Governador Ibaneis. Nada. O governador Ibaneis é um homem honesto, um homem que trabalha muito para o Distrito Federal. Ele não concordou com nada. Delegou as funções ao Secretário de Segurança Pública, a todos. E ele foi pego de surpresa, como todo mundo. É injusto afirmar que o governador tenha participado, ajudado ou facilitado as ações do 8 de janeiro. O governador é um homem de personalidade, um homem sério, e tem feito um ótimo trabalho no Governo do Distrito Federal. Venho aqui me solidarizar com o governador e dizer que ele não teve participação nos atos dos vândalos que entraram nos prédios públicos", disse Hermeto.

Apesar das alegações de Lula, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, a CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal e a Procuradoria Geral da República (PGR) não encontraram evidências do envolvimento de Ibaneis nos incidentes. Diante da falta de provas, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, teve de reintegrar Ibaneis ao cargo de governador, do qual fora afastado monocraticamente por 66 dias, gerando insegurança jurídica e política em um ente federativo autônomo.

A acusação de Lula, desprovida de embasamento, levanta questionamentos sobre sua motivação, sugerindo uma tentativa de ressuscitar seu partido, que enfrenta declínio há mais de uma década no Distrito Federal. Ao contrário, Ibaneis mantém alta popularidade na região, conforme indicam pesquisas de opinião ao longo de 2023.

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